História do Hotel Palácio Estoril

O Futuro não existe sem Tradição

Qualquer pessoa que entre no Hotel Palácio do Estoril viaja no tempo. Assim, gostaríamos de trazer-lhe um pouco da nossa história, num ano em que celebramos o 90º aniversário.

Hoje partilhamos consigo a importância que o fundador do hotel teve na sua edificação, assim como no posicionamento do Estoril no mapa mundial.

Fausto Figueiredo, um homem de Celorico da Beira veio cedo para Lisboa. Quando comprou o terreno onde está o Hotel Palácio, existia apenas uma mata de pinheiro-manso e cedros. Encomendou um projeto ao arquiteto Henri Martinet e ambicionava tornar esta região numa estação marítima, climatérica, termal e desportiva. Conseguiu financiamento e concessão governamental do jogo e mais importante ainda, a exploração e eletrificação da Linha de Cascais.

O seu objetivo era trazer os ingleses e clientela de Biarritz de comboio até ao Estoril. O Sud Express fazia já a ligação entre Paris e Lisboa, e Fausto Figueiredo esteve envolvido na ideia e concretização da linha até ao Estoril. Na década de 20 (sec. XX), o Estoril não tinha quase nenhuma infraestrutura, e além do transporte, conseguiu trazer também os hotéis e animação. Por esta altura, já existia o projeto para construir o Hotel Palácio, no entanto a primeira Guerra Mundial atrasou o inicio da construção que foi retomado apenas em 1928. No ano de 1930, o Hotel era inaugurado pelo Presidente Carmona. Foi um momento com animação de fogo de artificio, estreia de um filme e um repleto banquete. Nascia assim a Riviera do Estoril, e durante quase uma década começou a ganhar visibilidade e nome. A nova guerra no inicio da década de 40, voltou a trazer problemas na Europa, mas Portugal conseguiu ser um país neutro, ainda assim ligado a muitas pessoas que encontraram aqui um lugar para se refugiarem. Era um paraíso para milhares de pessoas , e o hotel tornou-se um lugar de espionagem.”

Fausto Figueiredo

A História que se faz no Hotel

Construído em 1930, o Hotel Palácio dos dias de hoje mantém muitas das características desse período. O ambiente exclusivo que se faz sentir no Hotel, inspira todos aqueles que nele entram, desde a sua impressionante fachada integralmente branca e belíssimos jardins, até à sua elegante decoração clássica, actualizada no decorrer do tempo, mas sem perder a matriz de intemporalidade, luxo e sofisticação.

Durante a Segunda Guerra Mundial, devido à neutralidade de Portugal, algumas famílias reais exilaram-se no Estoril, tornando-se este conhecido como a “Costa dos Reis”. O Hotel Palácio foi a casa escolhida para a estadia de inúmeros membros da realeza europeia e foi também frequentado por espiões britânicos e alemães, que muitas vezes se encontravam no seu bar. Posteriormente, estas histórias de intriga e espionagem inspiraram famosos romancistas e cineastas, sendo o Hotel cenário de um dos filmes de James Bond, “Ao Serviço de Sua Majestade”.

O Palácio Estoril foi segunda casa das famílias reais espanhola, italiana, francesa, búlgara, e romena e, ainda hoje, continua a ser o local de eleição dos seus descendentes.  Em sua homenagem foi criada, desde Fevereiro de 2011, a Galeria Real, onde se podem apreciar instantâneos de grandes personalidades da realeza europeia que passaram pelo Hotel. A Galeria Real é hoje também um dos pólos de atracção turística do Estoril.

Desde sempre que o Palácio acolhe Chefes de Estado, imperadores, reis e príncipes, a nobreza europeia, os grandes artistas do mundo, escritores, campeões de desporto, realizadores de cinema, actores e muitos políticos que têm ditado os destinos do Ocidente. As visitas privadas ou de Estado, os Festivais e as grandes Cimeiras têm trazido ao Palácio uma vasta lista de hóspedes ilustres que se misturam nos Salões e corredores com todos os outros frequentadores do Hotel. Pode acontecer, com frequência, encontrar nos salões, nos corredores e até ao pequeno almoço um príncipe herdeiro, um realizador de cinema, um soberano europeu, uma actriz ou um grande intérprete de música internacional.

O Palácio tem sido actualizado e tem beneficiado de diversas remodelações e renovações. Actualmente, oferece todo o conforto e comodidade de um moderno e luxuoso hotel de cinco estrelas, mas mantendo sempre o seu charme de outrora.

James Bond no Palácio Estoril Hotel

007 – Ao Serviço de Sua Majestade!
“On Her Majesty’s Secret Service”

O sexto filme da saga James Bond foi rodado em grande parte em Portugal.

O elenco ficou hospedado no Hotel Palácio Estoril, decorria o ano de 1968 e o Hotel foi cenário de excepção desse filme que teve como protagonistas o actor australiano George Lazenby – segundo agente da saga James Bond, depois de Sean Connery –  e  a actriz inglesa  Diana Rigg.

O exterior do Hotel, o Lobby e a piscina, vista dos quartos,  são parte integrante de muitas das cenas do filme que foi estreado em 1969. A piscina tinha sido recentemente construída.

Outros locais em Portugal como a Praia do Guincho, Lisboa e a Serra da Arrábida foram eleitos para cenários dessa longa metragem.

No filme é possível ver a entrada do Hotel  – fachada exterior e lobby – que se mantém sem alterações significativas e a piscina, enquadrada no jardim,  que foi recentemente remodelada, embora mantenha o mesmo desenho.

Participou no filme o então jovem funcionário do Hotel, José Diogo, com 18 anos de idade, que ainda hoje é um dos Chefes de Portaria do Palácio. É  possível vê-lo em imagens de “Ao Serviço de Sua Majestade!” entregando a chave do quarto ao agente James Bond.

O escritor inglês Ian Fleming, também jornalista e oficial da Inteligência Naval britânica, é o autor do personagem James Bond, criada no seu primeiro livro Casino Royale (1953), inspirado nos espiões também hóspedes do Hotel Palácio Estoril onde  Fleming esteve hospedado no tempo da Segunda Guerra Mundial. A série  de filmes James Bond estreou em 1962 com “Dr. No”.

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